O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou por uma cirurgia de emergência na tarde da última terça-feira, 28, em Londres, para a retirada de uma pedra no rim. Tarcísio foi internado na segunda-feira, 27, em um hospital da capital inglesa, após sofrer uma crise renal em compromissos políticos.
A crise renal ocorre quando o cálculo se desloca da parede do rim para o ureter, canal que leva a urina até a bexiga. Mesmo os cálculos pequenos podem provocar dores de grandes proporções quando estão em deslocamento.
O urologista Ricardo Ferro, médico do Hospital Brasília, explica que “A dor de cálculo renal em deslocamento é considerada como uma das mais fortes que o ser humano pode experimentar. Muitas vezes, o paciente sente dores tão intensas que precisa de morfina para aliviá-las”. Ele acrescenta ainda que a migração de um cálculo renal para o ureter pode causar complicações como dilatação das vias urinárias, infecções no trato urinário, infecção generalizada através do sangue e, em casos mais graves, existe até risco de óbito.
De acordo com o especialista, os cálculos pequenos – de até 0,5 centímetros – geralmente são eliminados espontaneamente, sem a necessidade de procedimento cirúrgico. Mas, para alguns pacientes, a dor pode ser intensa e a pedra pode levar à obstrução severa levando à dilatação do rim. “Nesses casos, faz-se necessário a realização da remoção do cálculo”, afirma Ferro.
O avanço na área da medicina e tecnologia permitiu o desenvolvimento de técnicas mais modernas e minimamente invasivas para retirar pedras dos rins. Atualmente, grande parte dos procedimentos cirúrgicos são realizados por meio da cirurgia endoscópica.
Na maioria dos casos, o paciente pode voltar às atividades profissionais no dia seguinte à cirurgia. Atividades físicas, no entanto, devem ser evitadas por cerca de uma semana após o procedimento: “Não há nenhum impeditivo do paciente voltar às suas atividades rotineiras no dia seguinte à cirurgia”, afirma o urologista.
Com informações do Metrópoles