Neste domingo, 12, as autoridades turcas e sírias informaram que o número de mortes decorrentes do terremoto que atingiu os países da Turquia e Síria na semana passada ultrapassa os 33 mil no dia de hoje, e este número deve subir ainda mais, pois as equipes de resgate já identificaram novos corpos entre os detritos.
O último balanço realizado pela Turquia é de 29.605 mortos, e o da Síria, de mais de 3.500. Além desses 33 mil mortos, as autoridades afirmam que aproximadamente 93 mil pessoas ficaram feridas no desastre.
Fase mais lenta de resgate
Neste momento, os esforços para o resgate estão em uma fase mais lenta, e a população dos dois países discutem sobre quem seriam os culpados pela falta de trabalhadores especializados para este tipo de situação.
A Justiça turca afirmou que já iniciou os processos judiciais contra 130 pessoas que, supostamente, estiveram atuando em incorporações de imóveis que foram construídos devido a má qualidade e de forma ilegal, deixando de observar as regras de engenharia que os deixariam mais resistentes a tremores de terra.
De acordo com o país, a Turquia possui códigos de construção que atendem aos padrões atuais de engenharia sísmica, mas raramente eles são aplicados. Segundo o país, esta seria uma das razões da queda de milhares de prédios de lado ou desabaram sobre os residentes.
Segundo informou hoje, 12, o ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, 134 pessoas estão sendo investigadas por uma suposta responsabilidade na construção de edifícios que não resistiram aos terremotos. Ele destacou ainda que três já foram presos enquanto aguardam julgamento, sete pessoas foram detidas e outras sete foram impedidas de deixar o país.
Bozdag afirmou que os responsáveis pelas edificações que não resistiram ao terremoto serão punidas, e os promotores já iniciaram o processo de coleta de amostras de edifícios para provar os materiais usados nas construções. Embora os terremotos tenham sido fortes, as vítimas, especialistas e pessoas em toda a Turquia culpam a má construção por multiplicar a devastação.
Com informações do G1
