Após a embarcação “Dona Lourdes II”, que naufragou em setembro de 2022 que vitimou 23 pessoas próximo à ilha de Cotijuba, ter sido retirada clandestinamente do fundo do rio, volta a naufragar, desta vez no canal do Carnapijó.
Segundo informações divulgadas pela Marinha do Brasil nesta sexta-feira, 03, a embarcação, retirada sem o conhecimento das autoridades, foi rebocada até o município de Abaetetuba.
Pós-naufrágio
Em fevereiro, a Capitania dos portos da Amazônia Oriental informou que não recebeu a entrada no pedido formal de reflutuação, previsto na Norma da Autoridade Marítima sobre Assistência e Salvamento e às Atividades de Pesquisa, Exploração, Remoção e Demolição de Coisas e Bens Afundados, Submersos, Encalhados e Perdidos (Normam-10), o que pode ser enquadrado como infração à Lei da Segurança do Tráfego Aquaviário (Lesta).
Conforme a instituição, a embarcação está abarrancada nas proximidades do trapiche de Cotijuba.
A reflutuação permite que seja realizada perícia na embarcação e até mesmo oferecer elementos para o inquérito aberto sobre o caso.
A embarcação Dona Lourdes II saiu da ilha de Marajó para a capital paraense, e afundou perto da Ilha de Cotijuba. O barco não tinha autorização para navegar e partiu de um porto clandestino. A bordo estavam mais de 80 pessoas e 23 morreram. Não havia oficial de passageiros.
Entre os relatos dos sobreviventes afirmam que o condutor da embarcação teria demorado a chamar socorro quando o barco começou a afundar, além de não orientar os ocupantes do barco e não distribuir os coletes salva-vidas.
Prisão
O comandante da lancha, Marcos Oliveira, foi preso no dia 13 de setembro, após ser declarado foragido, já que o mandado de prisão contra ele foi expedido um dia após o naufrágio, no dia 9 de setembro. O mandado de prisão foi expedido após o crime ser considerado homicídio doloso. Com agravantes de outros crimes, como omissão de socorro.
Em dezembro de 2022, a justiça do Pará concedeu habeas corpus a Marcos Oliveira, durante sessão da Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), conduzida pela desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos. O alvará de soltura foi assinado pelo desembargador José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Júnior.
Com informações do G1