A coordenadoria de Defesa Civil Municipal de Abaetetuba divulgou nesta terça-feira, 28, que não descarta a possibilidade de um novo deslizamento de terra no município. Segundo o coordenador da Defesa Civil no município, coronel bombeiro da reserva Augusto Lima, o monitoramento na área tem sido realizado desde quando o problema foi detectado, na última sexta-feira, 24.
O coordenador afirmou que assim que foi identificado o problema recorrente, que já ocorreu há 10 anos, a Defesa Civil monitorou o local, e como primeira medida foi feita a retirada imediata de duas famílias.
Um levantamento prévio foi realizado e 30 famílias estavam previstas para serem retiradas da área. Porém, no último domingo, 26, um novo estudo realizado apontou que a área de risco aumentou para 40 mil metros quadrados, afetando 108 famílias e 80 casas foram desocupadas.
A Defesa Civil segue monitorando o local, que pode aumentar a área de risco dependendo da questão geológica.
Famílias afetadas
O coordenador apontou que a possibilidade de as famílias voltarem para suas casas ainda não pode ser afirmada, devido à realização do estudo do solo próximo à área afetada.
Medidas
Várias medidas já foram tomadas pela Prefeitura de Abaetetuba e pelos órgãos ligados a esfera estadual e federal, para prestar assistência as famílias atingidas, bem como dar todo o suporte para o município que tenta reestabelecer a normalidade.
O governo do Pará montou uma força-tarefa na cidade com equipes do Corpo de Bombeiros, secretarias de assistência, obras, saúde e habitação, além das polícias Civil e Militar para garantir suporte médico, psicossocial, emissão de documentos, aluguel social e levantamento técnico de danos.
O Estado também dará apoio para o diagnóstico da área afetada e obras necessárias de infraestrutura para a orla da cidade. A força-tarefa estadual ficará no município enquanto for necessário.
Deslizamento
O deslizamento de terra ocorrido no último domingo, 26, aconteceu no bairro São João, na orla de Abaetetuba, no nordeste paraense. E 108 famílias foram afetadas pelo desastre que atingiu a rua Dom Pedro I, onde estão localizadas 15 residências com 30 famílias. A área afetada ainda conta com oficinas de manutenção, pontos de embarque e descarga de mercadorias, além de vários pontos comerciais.
Segundo a Defesa, 80 casas foram desocupadas pelos moradores por questão de segurança.