Após a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) confirmar na última quarta-feira, 22, o resultado positivo para o caso de mal da vaca louca, a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), em uma pequena localidade de Marabá, sudeste paraense, em uma propriedade que tem 160 cabeças de gado, a área foi isolada e interditada preventivamente pela Agência. O Sindicato da Carne e Derivados do Pará (Sindicarne) ressaltou e tranquilizou que o caso está sendo considerado atípico, ou seja, surgiu de uma forma espontânea no próprio animal e não há riscos à saúde da população paraense.
O Sindicarne reconheceu que o auto embargo do Brasil afeta a exportação de carne bovina, porém, é uma prova de que o protocolo sanitário no país é seguido à risca garantido que o produto brasileiro é confiável. O Presidente do sindicato, Daniel Freire, destacou que houve transparência da Adepará, como manda a regra. “Esse animal foi detectado em uma propriedade, da porteira para dentro, nem sequer chegou a uma indústria frigorífica. Ou seja, a Adepará neutralizou qualquer risco iminente, mesmo que extremamente improvável, devido aos critérios sanitários aplicados no Brasil”, explicou Daniel.
Ainda segundo Daniel Freire, a população em geral, principalmente a paraense, não precisa se preocupar pois não há nenhum risco de consumir carne. “O produto que está circulando no mercado paraense é 100% saudável. O Brasil tem um regulamento de inspeção federal, estadual e municipal de origem animal muito estrito e muito bem aplicado”, destacou.
“As indústrias exportadoras pararam a produção porque o Brasil se auto embarga em um caso suspeito. Mas isso é uma demonstração de clareza, de responsabilidade e de profissionalismo, porque cumpre um protocolo, que diz que, em caso de suspeita, é necessário aguardar o teste final. Isso causa uma diminuição momentânea na produção e na exportação, mas estamos confiantes em um resultado positivo e que a Organização Internacional de Epizootias vai manter o risco do Brasil como desprezível”, finaliza Daniel Freire.