O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, virou alvo de polêmica envolvendo o seu piloto de avião particular e o gerente de seu haras, em Vitorino Freire (MA), nesta terça-feira, 23, após a reportagem publicada com exclusividade pelo jornal Estadão, divulgar que ambos os funcionários estão empregados na Câmara com salários de R$ 10,2 mil e R$ 7,8 mil pagos com dinheiro público.
Segundo o jornal, os funcionários estavam lotados no gabinete de Juscelino até o início deste ano, quando ainda deputado. Ele se licenciou da Casa para integrar o primeiro escalão do governo, quando foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Após sua licença, ambos foram mantidos nos cargos pelo suplente e aliado do ministro, Dr. Benjamim de Oliveira (União Brasil-MA) que não possui haras e nem avião. De quebra, o deputado substituto de Juscelino ainda contratou Pedro Pereira Bringel Filho, identificado como tio do ministro. Ele assumiu a vaga de sua mulher, a advogada Mara Bringel, que ficou no gabinete de Juscelino entre 2021 e 2022.
Em nota divulgada, o ministro defendeu as nomeações, que, segundo ele, foram feitas “em conformidade com as regras da Câmara”. “Prestam suas atividades com zelo, profissionalismo e regularidade, no apoio à atividade parlamentar em Brasília e no Estado, seja presencialmente, seja em modelo híbrido ou remoto na pandemia”, disse ele.