O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou em entrevista à rádio Jovem Pan que retornará ao Brasil nesta semana, após três meses nos Estados Unidos, e afirmou que vai acertar com o PL, seu partido, a estratégia para fazer oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Durante a entrevista do primeiro presidente a não conseguir um novo mandato desde que a reeleição foi instituída em 1998, afirma que volta ao país para fazer oposição e já tinha comprado a passagem para o retorno ao Brasil, “Estou sem mandato, mas não estou aposentado”, afirma o ex-presidente.
“Semana passada, antes desse plano aí que apareceu para sequestrar o senador, já tinha comprado a passagem para quarta-feira agora, à noite, com previsão de pousar 7h15 da manhã [de quinta-feira] em Brasília”, afirmou.
Bolsonaro retorna após um período longo em que ele foi muito criticado por aliados por seu alheamento em relação aos assuntos brasileiros. Ele deixou o país dias antes de terminar o seu mandato, e se negou a passar a faixa ao seu sucessor.
Durante a entrevista, o ex-chefe do executivo comentou sobre os atos do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília, quando ocorreu a invasão a Praça dos Três Poderes e a despedração de edifícios do governo.
“Se quisesse dar um golpe, daria quando eu era presidente. Mas isso jamais passou pela cabeça da gente”, disse ele na entrevista.
Voltando ao Brasil, Bolsonaro se coloca como líder da oposição, e terá que enfrentar diversos processos em curso na justiça. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dezenas de ações abertas contra ele que podem torná-lo inelegível por acusações de ilegalidades cometidas durante a campanha.
Ele também é alvo de ações por atentar contra o Estado democrático de direito e, mais recentemente, virou alvo de um inquérito da Polícia Federal que apura a tentativa de ingressar no país com joias (para ele e a então primeira-dama, Michelle) supostamente presenteadas pela Arábia Saudita avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões.
