Reprodução: Redes Sociais
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Veja quem era Léo 41, o traficante paraense que levava vida de luxo no Rio

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O traficante paraense Leonardo Costa Araújo, de 37 anos, conhecido como Léo 41, levava uma vida de ostentação, fotos com armas, joias e carros, era assim que o criminoso mais procurado do Pará se exibia nas redes sociais. Ele foi morto na noite de ontem, durante uma operação realizada pelas polícias do Rio de Janeiro e do Pará, no complexo Salgueiro, em São Gonçalo.

Léo 41 foi o primeiro criminoso paraense a assumir o controle do tráfico de drogas em uma favela do Rio de Janeiro. De acordo com investigações da Polícia Civil, ele era responsável pelo tráfico em Porto das Caixas e Visconde, em Itaboraí, cidade vizinha a São Gonçalo.

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Uma de suas marcas registradas era um grande colar de ouro com a bandeira do Pará e vários números 41 em alusão a sua característica no mundo do crime.

Segundo a delegada adjunta da Polícia Civil do Pará, Léo 41 nunca foi o executor das missões, ele determinada, arregimentava pessoas para executarem e enquanto isso levava uma vida de ostentação dentro de uma comunidade. Se exibia com armas de fogo e jóias. E era conhecido no Pará por liderar a facção.

As investigações apontaram que o criminoso ganhou o comando dos bairros de Itaboraí dos traficantes Wilton Carlos Quintanilha, o Abelha, e de Edgar Alves de Andrade, o Doca, integrantes da cúpula da maior facção criminosa do Rio. Mesmo à distância, Léo 41 também comandava o tráfico de drogas também no Bengui, em Belém. O criminoso estava foragido desde 2019. Segundo a investigação, Leo 41 tinha assumido a chefia da facção no Pará após a prisão de Claudio Augusto Andrade, o Claudinho do Buraco Fundo, em setembro de 2020.

De dentro das comunidades do RJ, ele coordenava um plano de expansão da organização com a compra de armas e munições, financiada por tráfico de drogas, roubo, extorsões, sequestros e cobrança de valores mensais dos integrantes da organização criminosa. Desde que assumiu o comando, Léo vivia uma vida luxuosa nos morros da cidade, patrocinado por suas ações criminosas e pela própria organização, que em sua gestão passou a arrecadar volumes altos de dinheiro com tráfico e extorsões de comerciantes, jogos de azar, provedores de internet. Ele já foi indicado por seis crimes, incluindo latrocínio, e é investigado em outros.

Léo ao lado da esposa, na Vila Cruzeiro (RJ). Foto: Reprodução

A quadrilha de Léo 41 também comanda a guerra que atinge comunidades na Zona Oeste do Rio e planejtou e o assalto ao shopping Village Mall, na Barra da Tijuca, quando um segurança foi morto.

Criminosos escondidos no Rio

De acordo com a Polícia Civil do Pará, a cúpula da facção no estado está escondida em favelas no Rio. Além de Léo, estão no Rio. Anderson Souza Santos, o Latrol, David Palheta Pinheiro, o Bolacha e Oriscarmo Rodrigues Rocha, o Ouri. Os quatro ocupam os cargos mais altos da organização criminosa. Os investigadores acreditam que todos estejam usando identidades falsas.

As investigações da Polícia Civil do Rio também apontaram, que Latrol e Bolacha eram os principais comparsas de Léo e o auxiliavam no comando do tráfico em Itaboraí. Todos tinham como base o Complexo da Penha, onde 23 pessoas foram mortas em operação da polícia em maio de 2022, entre eles três paraenses.

Léo e ataques no Pará

Fontes de inteligência do Pará, informaram que a maior facção criminosa do Rio se fortaleceu no Norte há cerca de 7 anos, sob o comando do traficante Alberto Bararuá de Alcântara, o Beto Bararuá, que ficou preso em unidade federal. No presídio, teve contato com criminosos de diferentes partes do Brasil. Ele conseguiu arregimentar vários comparsas e, atualmente, a quadrilha carioca é a mais forte no estado do Norte.

Na época, uma série de atentados contra policiais penais foram registrados no estado do Norte do país. Em quatro meses, foram sete ataques e cinco policiais penais assassinados. Nas investigações, Léo foi dado como um dos responsáveis por dar ordem a uma série de ataques que mataram, desde 2021, vários agentes de segurança pública no Pará.

Operação

A operação realizada na última quinta-feira, 23, deixou pelo menos 13 mortos, segundo a Polícia Militar. Há relatos de outros feridos e de intensos tiroteios. A região teve uma intensa troca de tiros que, segundo a Polícia Civil, começou após as equipes serem atacadas pelos criminosos. Outras pessoas também teriam ficado feridas, entre elas duas moradoras do local.

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