Popularmente conhecido pão francês, o alimento que está presente nas mesas dos brasileiros possui diversos nomes, e nesta terça-feira, 21, dia em que é comemorado o Dia do Pão Francês, vamos descobrir o nome que o alimento recebe nas diversas regiões do país.
No Brasil, o produto já foi até artigo de luxo, inclusive muito consumido pelo imperador D. Pedro II. Mas hoje em dia, é um produto muito mais popular, já que durante muito tempo era garantia de sobrevivência para os mais vulneráveis.
Dependendo da região do Brasil, o pão francês é chamado de outro jeito. No Rio Grande do Sul e na Bahia é cacetinho; no Ceará, carioquinha, e no Pará, careca. Além desses nomes, ele também é conhecido como pão de sal, de massa grossa, média, filão e pão jacó.
Já o “pão francês” de hoje, das padarias brasileiras, não tem tanto a ver com os pães feitos na Europa. “Ele é chamado assim, mas esse tipo de pão não existe lá. Talvez ele seja o pão mais brasileiro que existe”, explica Paulo Pereira, presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado de Pernambuco (Sindipão) e vice da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip).
Estima-se que a receita data o início do século XX, depois de vários brasileiros voltarem de Paris e as padarias locais tentaram reproduzir a fórmula com uma massa curta, com miolo macio e casca dourada, que eventualmente viria a se tornar uma das bases da nossa panificação. “Como a França possui uma tradição de qualidade nesse aspecto e conta com uma base forte no que cerne as técnicas culinárias, esse pode ter sido um dos motivos para essa contribuição do nome “francês” ao nosso pãozinho”, explica Rô Gonzaga, professora de gastronomia.
Saudável ou não?
Recentemente o alimento virou o inimigo das dietas. E, de fato, ele está presente em refeições não tão saudáveis como hambúrgueres, pão de alho e pão de queijo, que podem engordar, caso sejam ingeridos com frequência. Mas ele tem valor nutricional importante, como explica a nutricionista Luciana Leocadio.
“O pão passou a ser vilão a partir do momento que dietas com alto teor de proteínas e baixo teor de carboidratos encontraram suporte em alguns estudos epidemiológicos na década de 1970, que diziam que não era mais a gordura que nos engordava, mas sim os carboidratos. O pão não deve ser cortado da sua alimentação, como todas as comidas, ele tem espaço em uma alimentação variada e equilibrada”, confirma.
Além disso, existem formas mais saudáveis de consumir pão francês, como produzir o seu próprio em casa. Entretanto, caso a pessoa não esteja disposta a pôr a mão na massa, “é sempre melhor, quando possível, optar pelos pães de fermentação natural ou da sua padaria mais próxima do que os pães industrializados, que na sua composição podem possuir facilmente mais de 10 ingredientes, entre estabilizantes, emulsificantes, conservantes e melhoradores de farinha”, conclui Luciana.
Com informações do Folha de Pernambuco.