O mês de março em Belém do Pará é marcado pelas fortes chuvas que atingem toda a região metropolitana da cidade em decorrência do inverno amazônico e do fenômeno da maré alta, e que geram diversos transtornos à população, inclusive os alagamentos que, todos os anos trazem prejuízos materiais e imateriais. Dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (Cnseg) apontam que somente 30% dos carros no País tem seguro veicular. Mas é preciso estar atento ao contrato para evitar prejuízos.
Os motoristas são um dos mais afetados quando tem seus carros danificados, muitos até com perda total do veículo, devido às fortes chuvas e alagamentos na cidade. Mas como saber se o reembolso é garantido pelo seguro? Quais as condições impostas pela seguradora? Independente da situação, as empresas sempre fazem uma investigação para avaliar se o segurado se submeteu ao risco ou se ficou sem saída e precisou abandonar o carro.
O advogado Kristofferson Andrade, explica que o motorista precisa analisar o tipo de cobertura que irá contratar para seu automóvel. “No seguro veicular tem que ter a cláusula de cobertura sobre qualquer evento da natureza, como os alagamentos e inundações. Essa é uma dica muito importante para que esse motorista não venha ser prejudicado e não consiga reaver os danos, porque se no contrato não tem nada em relação a esse tipo de cobertura não tem como obrigar a seguradora a arcar com os custos”.
Kristofferson ressalta que há seguros com cobertura compreensiva, que incluem proteção contra fenômenos naturais. “Esse tipo de cobertura inclue ventos fortes, enchentes, chuva de granizo, queda de objetos no carro, deslizamento de terra, incêndio e raios. Aqui na nossa região é importante que o cliente avalie o trajeto que costuma fazer e se nele há pontos de alagamento para que não precise correr um risco desnecessário, pois, caso for comprovado a intenção de atravessar uma região alagada, a seguradora estará isenta de cobrir o prejuízo devido ao perigo ser cometido pelo próprio condutor, ou seja, se você pegar seu veículo e tentar avançar sobre um alagamento ou enchente, a seguradora não irá pagar sua indenização. Saiba que essa atitude pode ser descoberta pela seguradora através de vídeos de câmera de segurança da região e até em conversas com moradores do local que vão isentar a seguradora do pagamento da indenização”.
O advogado enfatiza que o seguro só vai funcionar em situações naturais. “Quando o motorista for pego de surpresa por alguma ação da natureza. Isso inclui estacionar o carro em algum lugar na rua ou até mesmo estando na garagem da sua residência e este ser atingido por alguma enchente, a seguradora tem por obrigação cobrir os danos. Nesse caso o ideal é acionar a empresa contratada imediatamente”.