O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou nesta terça-feira, 28, que a entrada da Ucrânia na aliança militar está garantida, mas “a longo prazo”.
A adesão da Ucrânia ao grupo foi um dos motivos usados pela Rússia para justificar a invasão ao país vizinho, há pouco mais de um ano.
“Os países da Otan concordam que a Ucrânia deve se tornar um membro da aliança, mas, ao mesmo tempo, é uma perspectiva de longo prazo”, declarou Stoltenberg durante visita à Finlândia, outro candidato à adesão.
A entrada da Ucrânia no grupo militar é considerada uma “ameaça” pelo presidente russo, Vladmir Putin. A aproximação de Kiev à aliança liderada pelos Estados Unidos expõe quase 2.300 km de fronteira russa, o que significaria, para o Kremlin, uma ameaça à própria existência.
O secretário-geral frisou ainda a importância de garantir uma proteção duradoura às fronteiras ucranianas, para impedir que as forças russas voltem a ultrapassar os limites do país vizinho.
Aproximação ocidental
Os países do Norte Europeu, que geralmente são neutros, tomaram a iniciativa de aderir ao grupo após a Rússia invadir a Ucrânia. O movimento militar de Putin no leste europeu acendeu a preocupação dos países nórdicos, que temem uma possível ofensiva russa nos próprios territórios.
Contudo, a decisão pode ser barrada pela Turquia e Hungria, membros da Otan que preferem manter boas relações com Vladmir Putin.
União Europeia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também cobrou uma resposta sobre o pedido de adesão ucraniano à União Europeia, feito há um ano. “Este ano é o momento de decidir sobre as negociações de adesão”, escreveu Zelensky, no Telegram.
“É com a Ucrânia que se concretizará o majestoso projeto de uma Europa pacífica, livre e unida. Estamos juntos na luta e, portanto, estaremos juntos na vitória. Viva a Europa. Viva a liberdade ”, emendou.