O Carnaval está quase acabando, mas suas consequências ao corpo, não. Além dos sintomas clássicos da ressaca, como dor de cabeça, náusea, mal-estar, o exagero no consumo do álcool também pode causar diarreia.
Apesar de ser associado à ressaca, esse impacto da bebedeira no intestino não tem relação com o fígado. A explicação, como você pode imaginar, está no intestino.
O álcool começa a ser absorvido assim que ele chega ao estômago, e esse processo de absorção termina no intestino delgado. Em seguida, o fígado metaboliza o álcool que tem no sangue.
Mas, se você exagera, o intestino não consegue absorver todo o álcool e ele vai até o intestino grosso, que mantém o líquido nas fezes, para tentar eliminar o excesso.
Ao mesmo tempo, o corpo entende que aquele álcool é um veneno, acelerando o processo digestivo.
Quanto maior o teor alcoólico, maior o risco de diarreia. Mas a cerveja também causa problemas, já que tem mais carboidrato, que prejudica a absorção do álcool. Além disso, a cerveja costuma ser ingerida em maiores quantidades.
Dá para evitar
Modere no consumo do álcool;
Não beba de estômago vazio;
Evite comidas gordurosas;
Beba água entre uma dose e outra.
Veja os principais efeitos no álcool no sistema digestivo
Fígado é o mais impactado. O órgão funciona como uma grande usina responsável por processar tudo o que ingerimos. Há risco de desenvolver gordura no fígado, cirrose e até câncer no órgão.
Além do fígado, o abuso de álcool tem sido relacionado a outros tipos de câncer. Uma das explicações possíveis é que, depois de metabolizado pelo fígado, o organismo produz uma substância chamada de acetaldeído, que é cancerígena.
O consumo excessivo também pode causar gastrite, que pode evoluir para úlcera (uma ferida nas paredes internas do estômago). E também pode causar refluxo, que é quando o conteúdo ácido do estômago vai para o esôfago, causando alterações na barreira de proteção da mucosa.
Álcool aumenta o risco de pancreatite. De forma geral, quando a pessoa ingere álcool em excesso por muito tempo, a consequência mais comum é o desenvolvimento de uma pancreatite crônica. Isso afeta a regulação da glicose, ou seja, pode resultar em diabetes.
Com informações do UOL